Alunos portugueses usam mais Internet em casa do que na escola

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  • Os alunos portugueses estão acima da média no uso da Internet em casa mas abaixo da média no seu uso na escola, segundo um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE) apresentado hoje em Paris.

    O documento indica, no entanto, que Portugal, entre 70 países, tem uma das percentagens mais elevadas de alunos com acesso à Internet na escola.

    Os dados fazem parte das conclusões do novo relatório PISA (Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes) sobre as novas tecnologias e o desempenho dos alunos, que actualiza o estudo de 2009 realizado pela OCDE.
    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=492865


No entanto, em países como Portugal, "o uso da Internet na escola compensa a falta de disponibilidade de computador em casa" e são os alunos mais desfavorecidos "que têm maior inclinação para usar o computador na escola", quer cumpre deste modo a sua função de minimizar as desigualdades no acesso à tecnologia.

Ferramenta de aprendizagem reflexiva

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  • ... educadores que procuram desenvolver a sua consideração sobre blogues em sala de aula, além de simplesmente os identificarem como uma opção para obterem informações online, estão a implantá-los como ferramentas de aprendizagem com as suas próprias características. (Hall, HAZEL, Brian Davison, BRIAN, 2007:2)

Um artigo que sugere o reconhecimento dos blogues como ferramenta de aprendizagem reflexiva: Social software as support in hybrid learning environments: the value of the blog as a tool for reflective learning and peer support

Erving Goffman - Situação social

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  • “Eu definiria a situação social como um ambiente que proporciona possibilidades mútuas de monitoramento, qualquer lugar em que um indivíduo se encontra acessível aos sentidos nus de todos os outros que estão ‘presentes’, e para quem os outros indivíduos são acessíveis de forma semelhante. De acordo com essa definição, uma situação social emerge a qualquer momento em que dois ou mais indivíduos se encontram na presença imediata um do outro e dura até que a penúltima pessoa tenha se retirado” (GOFFMAN, 2002:13-14).

Erving Goffman seria um representante de uma área da sociologia a considerar - interaccionismo simbólico - num estudo mais aprofundado dos blogues, porque estes criam novas situações sociais cujos ambientes têm sido negligenciados pelos autores.

Did you know?

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Did you know?

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Did you know?

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Visão dos estudantes do século 21

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Visão dos estudantes do século 21

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O Conectivismo como consequência da inovação tecnológica

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Conectivismo - Aprendizagem na Era Digital

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Aprendendo para mudar, mudando para aprender

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Estudo dos blogues enquanto recurso educativo

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Uma visita crítica descritiva à blogosfera educativa em Portugal sintetizando as experiências descritas na web através de teses de mestrado e doutoramento e de sites credíveis.

Que motivos determinam a utilização de blogues?


Que resultados tem esta tecnologia proporcionado?


Que alunos beneficiam mais com a conexão em rede?


Os blogues estão a sofrer com a concorrência dos Moodle e outros espaços fechados?

Enquadramento teórico.

Como consegue gerir as informações?

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Antes de blogar fazia sites. Uma vez em que tive o azar de morte do disco rígido, todos os materiais que tinha reunido ao longo de mais de 20 anos desapareceram, excepto o que tinha na Internet. Eu sei que há numerosos sistemas de Backup, mas certamente a forma mais simples de integrar a informação mais diversa é através de um blogue.

George Siemens confirma esta ideia, considerando interessante desenvolver estas competências nos estudantes.

  • Managing resources is one of the most important skills for students (people!) to master. I started blogging in 2000 and have spent a significant amount of time trying to devise an information management system that I can use to make sense of a topic or discipline. I've attached an image below that highlights the process and tools that I use.


George Siemens

Educadores e líderes precisam de aprender a trabalhar com as ferramentas do sistema

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Obviamente que as redes sociais não mataram os blogues. São tecnologias que têm finalidades diferentes, e cada qual tem o seu espaço, mas a rapidez da Revolução que vivemos pode levar a declarar as tecnologias mortas, antes que estas se tenham desenvolvido.

  • Since the early 1990's, I've heard a fair bit of hype around how the internet (and then the web, then web 2.0, now social media, and tomorrow "big data") would impact society and businesses. Frances Collins (director of the human genome project) made a statement to the effect that we "overestimate the short term impact of technology and underestimate its long term impact". It seems that someone has to declare "blogging is dead" or "web 2.0 is dead" or "[insert hype term] is dead" before the real work actually begins. We have to move past hype and get to some level of institutionalization of new technologies and new concepts. Once this happens, the tools or concepts become part of the "work flow process". Elearning or blogging or collaborating are no longer seen as separate activities - they are subsumed into existing work practices. I can't speak for Jon and Terry, but my goal with the Landing as a collaborative tool for AU is to achieve a level of institutional adoption that follows and allows the extension of existing work-related activities. Obviously, a similar level of adoption for teaching and learning is also desirable.
    It is this stage - where new technologies change practice and changed practices in turn alter organizational structure - that fascinates me. It's now quite fashionable to call higher education either "the next bubble" or "obsolete". What critics really mean, I believe, is that it's not higher education that is obsolete but rather the structure and manner in which it is delivered today needs to be rethought. Instead of working within the system, educators and leaders need to begin working on the system.
    George Siemens

Conectivismo - Aprendizagem conceituada através das lentes do mundo de hoje

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Outras apresentações de George Siemens

Conectivismo

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Outras apresentações de Neuza Pedro

Os blogues são as ferramentas mais estudadas pelos autores portugueses

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A frequência com que se estudam os blogues está muito afastada de qualquer outra ferramenta, certamente porque é aquela que mais facilmente amplia o ambiente personalizado de aprendizagem a toda a Web.


Os blogues são mais utilizados no ensino superior, onde os estudantes deverão ter desenvolvido mais a sua autonomia.


Fonte: Web 2.0: uma revisão integrativa de estudos e investigações, Coutinho, Clara Pereira, 2008. (p. 75)
CARVALHO, Ana A. (Org.)

Porque são os blogues pouco utilizados nas escolas?

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Estudar a utilização educativa dos blogues será trabalhar um fenómeno relativamente marginal, porque estes têm pouca expressão nas práticas educativas. Esta afirmação resulta da minha impressão sobre o Mundo que me rodeia, pois ainda não conheço indicadores estatísticos desta nova realidade. Estou procurando...

Para uma primeira aproximação observem-se as principais utilizações que a Internet tem na Educação:

- verificação de factos para 42,2% dos internautas;
- pesquisar definições de palavras para 33,1%;
- busca de informação para a escola ou universidade por 27,3% dos utilizadores.


A Internet é um media que todos podemos utilizar criativamente, não apenas como leitores, mas também como produtores. Para escrever um blogue não há praticamente obstáculos técnicos, mas mesmo assim não faz parte das práticas pedagógicas instituídas.

Entre os conteúdos gerados pelo utilizador, escrever/acrescentar conteúdos num blogue pessoal ocupa as primeiras posições, depois de fazer:

- comentários em blogues ou no mural de alguém;
- actualizações de status em programas de IM ou redes sociais;
- upload de fotografias.


Fonte: A Utilização da Internet em Portugal, 2010. Gustavo Cardoso e Rita Espanha (CIES- ISCTE e OberCom). Backup

Tendo em consideração a popularidade dos blogues pessoais, porque não serão estes utilizados com idêntica frequência nas escolas?

2nd Life

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Utilização educativa de outras ferramentas, para comparação com os blogues.

Blogosfera Educativa PT

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Referências do Portal das Escolas.


Apresentamos, nesta secção, um conjunto de referências que ajudam à compreensão das potencialidades no uso dos blogues em contexto educativo.

Blogs e a motivação dos alunos à escrita [Pesquisas #1] » Futuro Professor. (2009). Disponível em http://www.futuroprofessor.com.br/blogs-educacao-redacao Consultado a 13 de Setembro de 2010.

Cruz. C. da S., & Carvalho, A. A. (2006). Weblog como Complemento ao Ensino Presencial no 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico. Prisma.com, 3, 64-87. Disponível em http://prisma.cetac.up.pt/artigospdf/4_sonia_cruz_e_ana_amelia_carvalho_prisma.pdf Consultado a 17 de Setembro de 2010.

D'Eça, T. A. (2004). O blog educativo. Disponível em http://www.malhatlantica.pt/teresadeca/papers/setubal2004/blogsecall1.htm Consultado a 14 de Outubro de 2010.

Faria, Á. (2008). TICteando no pré-escolar: contributos do blogue na emergência da literacia. In Educação, Formação & Tecnologias; vol.1(1), pp.161-167.Disponível em http://eft.educom.pt/index.php/eft/article/viewFile/1/22 Consultado em 26 de Novembro de 2010.

Gomes, M. J. & Lopes, A. M. (2007). Blogues escolares: quando como e porquê. Actas do Encontro “Weblogs na Educação: 3 experiências, três testemunhos”. Centro de Competência CRIE. ESE de Setúbal, pp. 117-133.

Gomes, M. J. & Silva, A. R. (2006). A Blogosfera escolar portuguesa: contributos para o conhecimento do estado da arte. Prisma.com, 3, 289-309. Disponível em http://prisma.cetac.up.pt/artigospdf/16_maria_joao_gomes_e_ana_rita_silva_prisma.pdf . Consultado a 13 de Setembro de 2010.

Gomes, M. J. (2005). Blogs: um recurso e uma estratégia pedagógica. Disponível em https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/4499/1/Blogs-final.pdf

Granado, A. & Barbosa, E. (2004) Weblogs, diário de bordo. Porto: Porto Editora.

Gutierrez, S. (2005). Weblogs e Educação: contribuição para a construção de uma teoria. Novas Tecnologias na Educação, 3, 1. Maio. Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Brasil. Disponível em http://www.aulablog.com/files/gutierrezteoriaweblogs.pdf. Consultado a 13 de Setembro de 2010

Leão, A., Brandão, A., & Brito, C. (2006). HorTICultura–um blogue da turma 5º-1ª da EB2, 3 de Bocage em Setúbal. Prisma.com, 3, 310-326. Disponível em http://prisma.cetac.up.pt/artigospdf/17_ana_leao_%20antonio_brandao_conceicao_brito_prisma.pdf. Consultado a 13 de Setembro de 2010.

Magalhães, Mª da G. P.C. & Carvalho, A. A. A. (2008). O blogue : uma ferramenta facilitadora de aprendizagem e de comunicação na aula de francês. CARVALHO, A. A. A., org. – “Actas do Encontro sobre Web 2.0”. Braga : CIEd, 2008. ISBN 978-972-8746-63-6. p. 214-226. Disponível em http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/8557/1/F013-Cardoso%20%26%20Carvalho%20%282008%29.pdf Consultado a 26 de Novembro de 2010.

Mantovani, A. M. (2006). Blogs na Educação: Construindo Novos Espaços de Autoria na Prática Pedagógica. Prisma. com: Revista de Ciências da Informação e da Comunicação do CETAC, 3. Disponível em http://educivica.com.sapo.pt/blogsnaeduca.pdf Consultado a 13 de Setembro de 2010.

Peres, P. (2006) Edublogs como mediadores de Processos Educativos. Prisma, 3. Revista de Ciências da Informação e da Comunicação do CETAC. Disponível em http://prisma.cetac.up.pt/artigospdf/11_paula_peres_prisma.pdf Consultado a 13 de Setembro de 2010.

Pombo, T. (2007). Construção de uma CVA e utilização de Blogs num processo de aprendizagem da Língua Portuguesa in Lagarto, J. R. (Org.). “Na Rota da Sociedade do Conhecimento: as TIC na Escola”. Actas do Colóquio “Na Rota da Sociedade do Conhecimento: as TIC na Escola”. Lisboa: Universidade Católica Editora, pp. 189-209.

Torres, J. V., & Besugo, C. (2006). Os Sabichões da Azeda: Um blogue de alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico. Prisma. com, 3. Disponível em http://prisma.cetac.up.pt/artigospdf/2_joao_vitor_torres_e_cilia_besugo_prisma.pdf Consultado a 17 de Setembro de 2010.

Percursos de aprendizagem mediados por Blogues - Versão 1 - publicada no Moodle

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Calendário do Google e Trabalho Colaborativo

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Foi anunciada no Blogue do GMail a possibilidade de assinalarmos espaços livres nas nossas actividades, que poderão ser reservados para realizar tarefas conjuntamente com colaboradores.

CONCLUSÃO

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Os blogues apresentam-se teoricamente como espaços privilegiados de reflexão e de aprendizagem autónoma dos alunos na rede. Porém, para serem capazes de fazer uma leitura crítica têm que saber sintetizar a informação, saber ler e interpretar os dados que se lhe apresentam.
Hoje, porém, apesar da apresentação das mensagens obedecer à ordem cronológica inversa (a única que o trabalho refere), graças às “tag clouds”, é fácil navegar pelos temas dos blogues. Esta funcionalidade é particularmente útil nos blogues de recursos educativos, pois ensinando os alunos a utilizá-la, todos os tópicos ficam acessíveis durante todo o tempo, enquanto antes só liam as mensagens da primeira página, obrigando o professor ao trabalho de republicação dos “posts” antigos. Também os motores de pesquisa internos são mais fiáveis. Estas funcionalidades adquirem interesse também nos blogues construídos pelos alunos quando estes começam a apresentar um portfólio significativo.

PERCURSO DE APRENDIZAGEM

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1 - Objectivo Geral:
Construir um percurso de aprendizagem com base na usabilidade de blogues, segundo pressupostos do texto “Plano de Emergência, Tecnologias para a Aprendizagem” de George Siemens e Peter Tittenberger, formando de uma rede de blogs onde os professores e alunos da escola podem pesquisar, discutir, analisar, comentar e construir conhecimentos.

1.1 - Objetivos Específicos:
• Criar uma ecologia (facilitar conexões sociais e intercâmbio de informação);
• Incentivar a partilha de texto digital;
• Mostrar-se disponível para o aluno;
• Incentivar a organização, pesquisa e expressão pessoal;
• Aproximar o professor do aluno pela banalização do texto digital;
• Permitir que o aluno construa o seu próprio conhecimento;
• Acompanhar a disciplina e as suas actualizações fora das aulas;
• Promover o trabalho em grupo;
• Desenvolver a capacidade criativa do aluno através da personalização e actualização regular do Blogue;
• Fomentar a comunicação e o convívio;
• Fomentar as competências de síntese, reflexão, análise crítica e expressão escrita.

2 - Motivação :
• Fomentar e estimular a aprendizagem e a vontade de aprender em ambiente informal e não presencial (assíncrono);
• Forma lúdica de aprender;
• Maior empenhamento nas tarefas porque estas serão partilhadas com uma audiência alargada;
• A integração na rede estimula a comunicação, literacia, partilha, colaboração, interacção, reflexão e criatividade;
• Criação de novos conteúdos e recursos por meio de blogues;
• Autoria;

3-Métodos:

Blended learning – visto que parte do curso acontece, face-a-face e outra online. Os professores usarão o blogue para actualizar os alunos sobre as actividades do curso, reflexões sobre a matéria após conversas em sala de aula ou online, e compartilhar artigos de jornais e outros recursos interessantes para a área disciplinar. Os alunos podem utilizar os blogues para reflectir, ter maior contacto com os outros, construir um portfólio digital para preservarem e partilharem trabalhos e experiências, e comentar os “posts” feitos por outros alunos e professores.
• Escolher um tema (pode ser a própria disciplina) e planear uma abordagem temática por fases;
• Ambientação através de apresentação pessoal e dos professores;
• Orientar e ajudar os alunos a utilizarem o Blogue como ferramenta de estudo e uma extensão da sala de aula.
• Observar o interesse dos alunos.

4 – Destinatários:
Alunos dos anos finais do ensino fundamental ao ensino médio, turmas as quais os professores costumam trabalhar com as mesmas no laboratório de informática ou desenvolvam o projeto “Um Computador por Aluno”,pois estes terão acesso garantido as ferramentas de trabalho.
Em Portugal, verificam-se situações muito diferenciadas de região para região ou de escola para escola, mas já é comum em muitas turmas do ensino básico e do ensino secundário todos os alunos terem computador, até porque só o Programa eescola.pt já entregou quase um milhão e meio de computadores, sendo possível trabalhar com blogues em qualquer disciplina.


5 – Calendarização:
• Definição semanal das etapas para cada temática com os alunos e de acordo com o rítmo em que estiver se desenvolvendo a atividade.

6 - Conteúdos e actividades a desenvolver no Blogue pelo professor e pelo aluno:
• Propostas de actividades desafiadoras;
• Partilha de diversos recursos mulimédia;
• Testes interactivos (idealmente algumas poderiam ficar feitas em Hot Potatoes);
• Conteúdos das mais váriadas disciplinas;
• Actualidades e/ou assuntos de interesse dos alunos;
• Comentários.

7 – Abordagem Pedagógica:
O percurso pedagógico decorrerá a luz do Conectivismo que tem a visão de que o conhecimento e a cognição são distribuídos através de redes de pessoas e tecnologia e que a aprendizagem é um processo de conexão, que se desenvolve pelo crescimento das redes, e com a navegação nas mesmas.
Conforme forem surgindo novas informações no decurso das actividades, irá criar-se um efeito cascata, alterando o significado de outros nós (informações) dentro da rede de aprendizagens. Um novo nó de informações resulta em novas ligações, que por sua vez resulta em novos conhecimentos e, assim, numa maior compreensão por parte dos alunos.


8– Recursos:
Blogues e medias relacionadas
• A serem disponibilizados no início de cada temática abordada pelo professor;
• Poderá também ser indicada por iniciativa dos alunos;
• Computador;
• Internet;
• Ferramentas de busca.

9-Avaliação:
• Acompanhamento diário dos blogues, comentários dos alunos , interesse demonstrado e resultados alcançados;
• Auto-avaliação;
• Avaliação de grupo.

PERSPECTIVAS TEÓRICAS

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Parafraseando Siemens e Tittenberger (2009) “Blogs are simple tools for learners and educators to use in teaching and learning. Educators can use a blogs to update learners on course activities, post reflections on in-class or online conversations, and to share journal articles and related course resources. Learners can use blogs to reflect, connect with others, use as an e-portfolio or journal, and comment on important posts made by other learners” (p. 43).

Para George Siemens, Learning Development Cycle, e de acordo com o referido acima, a utilização das novas tecnologias no processo ensino/aprendizagem deve acompanhar as necessidades modernas de aprendizagem.

De acordo com Maria João Gomes (2007) “É minha convicção que não estamos perante uma “moda” passageira mas sim perante um novo recurso que pode suportar diversas estratégias de ensino e de aprendizagem. A facilidade de criação e manutenção de um blog e a existência de serviços gratuitos e de qualidade, bem como a crescente divulgação de perspectivas e experiências práticas da sua utilização ao nível de escolas dos diversos os níveis de ensino são um bom prenúncio neste sentido. O aumento das condições de acesso à Internet, nomeadamente com o projecto de colocar “banda larga” nas escolas e com o aumento do número de famílias com acesso à Internet a partir das suas residências é também um sinal positivo”(p. 315).

Lopes & Gomes (2007) “O facto de se tratar de um serviço online, é uma das grandes mais valias dos sistemas de blogues, pois não só permite que possam ser consultados/lidos a partir de qualquer ponto do mundo com acesso à Internet, como permite receber contributos de autores ou leitores igualmente dispersos geograficamente. Estas características fazem com que possa ser utilizado no suporte a projectos de colaboração a nível internacional” (p. 127).

O CONECTIVISMO

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“Connectivism presents a model of learning that acknowledges the tectonic shifts in society where learning is no longer an internal, individualistic activity. How people work and function is altered when new tools are utilized. The field of education has been slow to recognize both the impact of new learning tools and the environmental changes in what it means to learn” (Siemens 2004).

O conectivismo é uma teoria de aprendizagem recente que surgiu para explicar o efeito da tecnologia na forma como as pessoas vivem, comunicam e como aprendem.

Esta teoria defende que a construção de conhecimento, ao contrário de outras teorias mais tradicionais como o behaviourismo e o cognitivismo, é possível através do desenvolvimento de conexões em rede.

A aprendizagem na era digital deixou de ser um processo que se desenvolve ao nível do indivíduo mas ao nível do grupo. A construção de conhecimento é assim um processo de constante actualização através do grupo.

Por ser uma teoria recente, mas que efectivamente reflecte uma nova dinâmica na sociedade em termos de aprendizagem, o seu processo de integração na Educação como estratégia pedagógica ou como forma de explorar novos recursos educativos é hoje objecto de intenso debate público.

Os princípios do conectivismo assentam nas seguintes noções de que o conhecimento reside numa rede (pessoas ou organizações) e desta forma também podemos falar em conhecimento distribuído; o conhecimento poderá existir, para além do ser humano, em diferentes equipamentos tecnológicos; o que sabemos hoje pode não ser importante no futuro, já que a informação que recebemos está em constante evolução, é um processo contínuo que ocorre ao longo da vida; e finalmente mais importante do que aquilo que sabemos num determinado momento é a nossa capacidade de adquirir mais conhecimentos e de adaptação a novas realidades.

De acordo com o Conectivismo, muito do conhecimento adquirido é também construído em ambiente informal, o que nos remete para a importância do Blogue como ferramenta tecnológica que potencia a aprendizagem colaborativa.

O Blogue, em contraste com a sala de aula, fomenta um ambiente informal de aprendizagem e troca de conhecimentos. Está em constante reciclagem de recursos e informação através da sua rede de trabalho (alunos e professores), de forma a acompanhar a evolução tecnológica e responder às necessidades dos seus utilizadores, e permite a construção de conhecimento em grupo/rede através da partilha de ideias, experiências e reflexões.

Em suma o Blogue, com base na perspectiva da Teoria de Aprendizagem do Conectivismo, pode ser uma ferramenta poderosa no processo de aprendizagem de uma rede de trabalho por constituir um elo de interacção e partilha entre membros do grupo, de uma forma dinâmica e evolutiva.

O BLOGUE COMO FERRAMENTA TECNOLÓGICA DE APRENDIZAGEM

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Em Portugal designa-se de Blogue, no entanto, Blog é uma abreviação de Weblog (rede, teia) e Log (registo). Jorn Barger foi o autor do conceito Weblog em 17 de Dezembro de 1997. Por sua vez, Peter Merholz fez a abreviação para blog. O motor de busca de blogues “Technorati” constatou existirem mais de 112 milhões de blogues em Dezembro de 2007.

O Blogue como ferramenta tecnológica de aprendizagem poderá ser utilizado como um recurso educativo ou enquadrado numa estratégia de ensino.

No entanto, é importante distinguir os diversos tipos de Blogues criados para diversos fins, tais como: pessoais que falam sobre a vida pessoal do seu criador, outros como portefólios digitais de trabalho e outros ainda de autoria colectiva, dinamizados por professores e alunos, por exemplo.

O tipo de Blogue que pretendemos explorar e justificar como ferramenta pedagógica é aquele que permite uma interacção e comunicação entre professores e alunos, e que desta forma tem uma autoria colectiva.

As características que potenciam esta particularidade pedagógica são entre muitas: o facto de o Blogue ser, na esfera virtual, público e acessível a todos; a possibilidade de interacção e comunicação entre professor e aluno, o professor ao tornar-se “digital” aproxima-se mais dos alunos; o registo cronológico de conteúdos que permite um acompanhamento em sequência dos temas e assuntos abordados; a abertura para que cada um se possa exprimir sem censura; o acesso a um conjunto de informações, pessoas e referências para outros recursos educativos; a sua forma inovadora e apelativa de transmissão de conhecimentos; a oportunidade de reflectir sobre o que se coloca permitindo um crescimento pessoal e profissional; dá aos alunos mais tempo de reflectir sobre o que foi dito em sala de aula.

Como recurso educativo inovador, o Blogue permite ainda a conjugação das suas particularidades com vários recursos multimédia muito apelativos. O professor assim como o aluno podem enriquecer os conteúdos colocados em “post” adicionando músicas, entrevistas, efeitos especiais, fotografias, vídeos, textos, gráficos, links, entre outros.

Uma estratégia de ensino poderá funcionar mediante a construção de um Blogue de recursos como elo de comunicação entre professor e aluno. O aluno pode ter acesso aos temas discutidos na sala de aula ou até a um programa temático da disciplina que lhe permitirá preparar as aulas seguintes. Se o professor o entender, os alunos poderão também encontrar actividades temáticas extra que promovam a experimentação e posterior auto avaliação. A forma como os alunos interagem e comunicam entre eles e com os professores no Blogue estimula a aprendizagem colaborativa.


O professor neste contexto de aprendizagem colaborativa assume o papel de mediador e coordenador dos trabalhos apresentados. O seu papel é também propor e incentivar actividades que promovam a aprendizagem e aplicar estratégias pedagógicas.

Em conclusão o Blogue, como ferramenta tecnológica que promove a aprendizagem colaborativa, permite a constante actualização do conhecimento adquirido, através da constante renovação de recursos. Os alunos têm a possibilidade de enriquecer os temas explorados na sala da aula através dos conhecimentos e experiências que trazem do mundo virtual e podem ainda continuar o seu processo de construção de conhecimento, iniciado na escola, quando chegam a casa através do Blogue.

INTRODUÇÃO

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Milhões de pessoas utilizam o Blogue, não é utilizado apenas por professores e alunos, mas pelo público em geral. Alguns utilizam-no para notícias sobre determinado assunto, para outros funciona como um diário online.
A questão central deste trabalho surgiu com a questão colocada no Moodle “Como é que o Blogue pode constituir uma estratégia para aprendizagens bem sucedidas?”

Para responder à questão dividimos o presente trabalho em quatro partes: na primeira parte descrevemos o Blogue como ferramenta de aprendizagem; surge, posteriormente, o Conectivismo como Teoria de Aprendizagem Aplicada ao Blogue; Perspectivas Teóricas e, em último lugar, o Percurso de Aprendizagem: Blogues como Estratégias de Aprendizagem. Na última parte do trabalho focamos um exemplo de actividade.

Percursos de aprendizagem mediados por Blogues - Versão 2 - publicada no Blogue

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7 motivos para um professor fazer um blogue

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O blogue como ambiente de aprendizagem

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  • Acredita-se que ao considerar o blogue como ambiente de aprendizagem, a
    aprendizagem neste ambiente deve ser ativa, isto é, os alunos devem contribuir com o
    processo de aprendizagem, pois aprender é um processo que tanto o professor quanto o aluno devem participar. No processo, cria-se uma rede de aprendizagem. Segundo Soares e Almeida (2005, p. 3):

    • Um ambiente de aprendizagem pode ser concebido de forma a romper com as
      práticas usuais e tradicionais de ensino-aprendizagem como transmissão e
      passividade do aluno e possibilitar a construção de uma cultura informatizada
      e um saber cooperativo, onde a interação e a comunicação são fontes da
      construção da aprendizagem.

    Assim sendo, cabe ao professor apropriar-se das novas tecnologias de
    informação e comunicação (NTics) refletindo sobre suas possibilidades, propondo
    atividades e estratégias diferenciadas ao utilizar os blogs. Os blogs estão sendo
    explorados por alunos e professores e a cada dia surgem formas diferentes de utilizá-lo.

    http://tecnologiasnaeducacao.pro.br/wp-content/uploads/2010/08/Blogs-na-Educa%C3%A7%C3%A3o-possibilidades-pedag%C3%B3gicas-%E2%80%93-Adriana-Ferreira-Boeira.pdf

Blogues como recurso e como estratégia de aprendizagem

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Blogues recurso

  • Um espaço de acesso a informação especializada;
  • Um espaço de disponibilização de informação por parte do professor/formador.

Blogues estratégia
  • Constituem portfólios digitais;
  • São espaços de intercâmbio e colaboração;
  • Incorporam um espaço de debate e/ou role playing;
  • Constituem um espaço de integração.


  • Trata-se na realidade, com frequência, de um continuum em que, por um lado, a exploração pedagógica se centra mais na dimensão de publicação de informação por parte do professor, na generalidade dos casos em que a exploração dos blogues assume essencialmente o formato de um de repositório de informação pesquisada e comentada pelo professor, normalmente envolvendo aspectos referentes a actualidades dentro da temática disciplinar em que o professor exerce a sua actividade (blogue como recurso), e por outro lado é o aluno (ou grupo de alunos), incentivado e motivado pelo professor, que cria e dinamiza o seu blogue, sendo responsável pela pesquisa, selecção e síntese da informação a postar, que será lida e comentada pelo professor e eventualmente pelos colegas de escola ou turma (blogue como estratégia).
    Fonte: Blogues escolares: quando, como e porquê?, p. 121

o InteraTIC 2.0 o João Paulo Santos postou estas duas imagens que explicitam bem a diferença entre um blogue de recursos e um blogue como estratégia de aprendizagem.





A fonte destas imagens é o documento Blogues escolares: quando, como e porquê?

O vídeo refere-se ao mesmo tema.

Uma questão a ponderar

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Quem não entende os blogues como componentes do ambiente personalizado de aprendizagem, observa-os como conversas com o "umbigo".

Copio o post porque não vale a pena o trabalho de registo na Ning só para ler isto:

  • A questão que eu coloco para discussão:
    Os blog's, antes da era web 2.0, foram uma verdadeira febre na web. Hoje com o conceito de redes sociais mais disseminados e a facilidade de integração de ferramentas multimídias, principalmente som, foto e video, as ditas redes sociais são a bola da vez.
    Como exemplo, a plataforma da rede social Ning que usamos, em um unico local, disponibiliza além de Blog, o Fórum, Chat, página pessoal, página da comunidade, fotos, videos, musicas, postagem de eventos.
    O blog isolado, moda anterior, dificulta a integração do autor do blog com a rede, pois cada um é uma pequena rede limitada ao autor, com abertura para comentários escritos dos leitores.
    Isto posto, coloco:
    1) Você já teve ou tem um blog isolado na internet?
    2) Os blog's isolados estão fadados a sumirem? Porque?
    3) "Os blog's isolados parecem mais uma conversa com o próprio umbigo". O que você acha deste conceito de "umbigosfera"?
    http://cafezinhocomleite.ning.com/xn/detail/4785082:Comment:6613

PERCURSO DE APRENDIZAGEM: BLOGUES COMO ESTRATÉGIA DE APRENDIZAGEM

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1 - Objectivo Geral:
Construir um percurso de aprendizagem com base na usabilidade de blogs, segundo pressupostos do texto “Plano de Emergência, Tecnologias para a Aprendizagem” de George Simens e Peter Tittenberger, formando uma rede de blogs onde os professores e alunos da escola podem pesquisar, discutir, analisar, comentar e construir conhecimentos.

1.1 - Objectivos Específicos:
• Criar uma ecologia (facilitar conexões sociais e intercâmbio de informação)
• Incentivar a partilha de texto digital
• Mostrar-se disponível para o aluno
• Incentivar a organização, pesquisa e expressão pessoal
• Aproximar o professor do aluno pela banalização do texto digital
• Permitir que o aluno construa o seu próprio conhecimento
• Acompanhar a disciplina e as suas actualizações fora das aulas
• Promover o trabalho em grupo
• Desenvolver a capacidade criativa do aluno através da personalização e actualização regular do Blogue
• Fomentar a comunicação e o convívio
• Fomentar as competências de síntese, reflexão, análise crítica e expressão escrita

2 - Motivação:
• Fomentar e estimular a aprendizagem e a vontade de aprender em ambiente informal e não presencial (assíncrono)
• Forma lúdica de aprender
• Maior empenhamento nas tarefas porque estas serão partilhadas com uma audiência alargada
• A integração na rede estimula a comunicação, literacia, partilha, colaboração, interacção, reflexão e criatividade
• Criação de novos conteúdos e recursos por meio de blogues
• Autoria

3 - Métodos:
Blended learning – visto que parte do curso acontece, face-a-face e outra online. Os professores usarão o blog para actualizar os alunos sobre as actividades do curso, reflexões sobre a matéria após conversas em sala de aula ou online, e compartilhar artigos de jornais e outros recursos interessantes para a área disciplinar. Os alunos podem utilizar os blogs para refletir, ter maior contacto com os outros, construir um portfólio digital para preservarem e partilharem trabalhos e experiências, e comentar as postagens feitas por outros alunos e professores.
• Escolher um tema (pode ser a própria disciplina) e planear uma abordagem temática por fases
• Ambientação através de apresentação pessoal e dos professores
• Orientar e ajudar os alunos a utilizarem o Blogue como ferramenta de estudo e uma extensão da sala de aula
• Observar o interesse dos alunos

4 – Destinatários:
Alunos dos anos finais do ensino fundamental ao ensino médio, turmas as quais os professores costumam trabalhar com as mesmas no laboratório de informática ou desenvolvam o projeto “Um Computador por Aluno”, pois estes terão acesso garantido às ferramenta de trabalho.

Em Portugal, verificam-se situações muito diferenciadas de região para região ou de escola para escola, mas já é comum em muitas turmas do ensino básico e do ensino secundário todos os alunos terem computador, até porque só o Programa eescola.pt já entregou quase um milhão e meio de máquinas, sendo possível trabalhar com blogues em qualquer disciplina.

5 – Calendarização:
• Definição semanal das etapas para cada temática com os alunos e de acordo com o ritmo em que estiver se desenvolvendo a actividade.

6 - Conteúdos e actividades a desenvolver no Blogue pelo professor e pelo aluno:
• Propostas de actividades desafiadoras
• Partilha de diversos recursos multimédia
• Testes interactivos (idealmente algumas poderiam ficar feitas em Hot Potatoes)
• Conteúdos das mais variadas disciplinas
• Actualidades e/ou assuntos de interesse dos alunos
• Comentários

7 – Abordagem Pedagógica:
O percurso pedagógico decorrerá a luz do Conectivismo que tem a visão de que o conhecimento e a cognição são distribuídos através de redes de pessoas e tecnologia e que a aprendizagem é um processo de conexão, que se desenvolve pelo crescimento das redes, e com a navegação nas mesmas.
Conforme forem surgindo novas informações no decurso das actividades, irá criar-se um efeito cascata, alterarndo o significado de outros nós (informações) dentro da rede de aprendizagens. Um novo nó de informações resulta em novas ligações, que por sua vez resulta em novos conhecimentos e, assim, numa maior compreensão por parte dos alunos.


8 – Recursos:
Blogs e mídias relacionadas
• A serem disponibilizados no início de cada temática abordada pelo professor
• Poderá também ser indicada por iniciativa dos alunos
• Computador
• Internet
• Ferramentas de busca

9 - Avaliação:
• Acompanhamento diário dos blogues, comentários dos alunos, interesse demonstrado e resultados alcançados
• Auto-avaliação
• Avaliação de grupo

CONCLUSÃO

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Muitas vezes o texto foi revisto e alvo de polémica, porque sendo os blogues uma tecnologia relativamente recente, não se encontra estabilizado um corpo de conhecimentos que explicite minimamente como poderão ser utilizados eficazmente no ensino. Do mesmo pecado da juventude padece o Conectivismo que foi adoptado como teoria de aprendizagem para justificar a utilização de blogues no ensino, uma teoria inspirada no desenvolvimento da sociedade em rede, que ainda precisa de convencer muitos construtivistas de que a rede é muito mais que um suporte físico para salvar os dados.

Neste contexto, seria presunçoso pretender apresentar conclusões no final de um trabalho tão breve, mas a tarefa sugere as seguintes reflexões:

1. Frequentemente os utilizadores de blogues pensam que a maneira “correcta” de os utilizar é a “sua”, e consideram mesmo inútil a discussão com outros que não tenham experiência na área.

2. Assim foi particularmente doloroso para o blogueiro do Grupo aceitar escrever em formato de texto sobre blogues, mas vencida essa resistência observou-se que o Grupo realizou leituras pertinentes que ofereceram uma perspectiva interessante dos blogues.

3. Certamente por vezes o Grupo não terá tido uma perspectiva realista, por exemplo quando pensou no acompanhamento diário dos blogues ou na sua avaliação através dos comentários dos alunos. Realmente estes não comentam blogues disciplinares, mas sim blogues de colegas que possam retribuir-lhes. De resto, a avaliação dos blogues é das coisas mais difíceis de fazer, e este é precisamente um dos factores que limita a sua generalização no ensino.

4. Originariamente os blogues situavam-se a grande distância dos sites, porque só estes permitiam arrumar com lógica os diversos temas. Hoje, porém, apesar da apresentação das mensagens obedecer à ordem cronológica inversa (a única que o Trabalho refere), graças às tag clouds, é fácil navegar pelos temas dos blogues. Esta feature é particularmente útil nos blogues de recursos educativos, pois ensinando os alunos a utilizá-la, todos os tópicos ficam acessíveis durante todo o tempo, enquanto antes só liam as mensagens da primeira página, obrigando o professor ao trabalho de republicação dos posts antigos. Também os motores de pesquisa internos são mais fiáveis. Estas funcionalidades adquirem interesse também nos blogues construídos pelos alunos quando estes começam a apresentar um portfólio significativo.

5. Os blogues apresentam-se teoricamente como espaços privilegiados de reflexão e de aprendizagem autónoma dos alunos na rede. Porém, para serem capazes de fazer uma leitura crítica têm que saber sintetizar a informação, saber ler e interpretar os dados que se lhe apresentam, mas muitas vezes têm lacunas de tal modo graves ao nível da compreensão e da expressão escritas, que não conseguem começar a responder antes de as questões lhes serem explicadas oralmente. Tentam desesperadamente escrever como o professor lhes disse porque não sabem estruturar as frases, e obviamente os textos ficam incompreensíveis. Isto sucede com os piores alunos. Os melhores alunos têm obviamente melhores recursos linguísticos, melhores recursos escolares e poderão tirar melhor proveito dos blogues como de qualquer outra tecnologia. Seria interessante estudar em futuros trabalhos se o blogue promove uma maior equidade em termos dos resultados escolares, ou se pelo contrário será mais um factor de iniquidade escolar.

6. Escrever em texto simples permite mais facilmente fugir à verdade do que utilizando blogues, porque estes preservam um registo para memória futura. Por exemplo, no desenvolvimento deste trabalho todos os elementos se tinham comprometido à ilustração prática da utilização de blogues, como se pode confirmar aqui e nos logs do MSN. Porém, a resistência do Grupo às actividades práticas levou a que o único tema realmente desenvolvido fosse o preconceito, que a versão publicada no Moodle omite ostensivamente. Assim, se o Grupo desejar que as versões sejam semelhantes deverá copiar o texto daqui para o PDF, omitindo este último ponto ;)

EXEMPLOS DO BLOGUE COMO ESTRATÉGIA DE APRENDIZAGEM

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Discriminação em contexto escolar

Inclusão

Preconceito

PERSPECTIVAS TEÓRICAS

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Parafraseando Siemens e Tittenberger (2009) “Blogs are simple tools for learners and educators to use in teaching and learning. Educators can use a blogs to update learners on course activities, post reflections on in-class or online conversations, and to share journal articles and related course resources. Learners can use blogs to reflect, connect with others, use as an e-portfolio or journal, and comment on important posts made by other learners” (p. 43).

Para George Siemens, Learning Development Cycle, e de acordo com o referido acima, a utilização das novas tecnologias no processo ensino/aprendizagem deve acompanhar as necessidades modernas de aprendizagem.

De acordo com Maria João Gomes (2007) “É minha convicção que não estamos perante uma “moda” passageira mas sim perante um novo recurso que pode suportar diversas estratégias de ensino e de aprendizagem. A facilidade de criação e manutenção de um blog e a existência de serviços gratuitos e de qualidade, bem como a crescente divulgação de perspectivas e experiências práticas da sua utilização ao nível de escolas dos diversos níveis de ensino são um bom prenúncio neste sentido. O aumento das condições de acesso à Internet, nomeadamente com o projecto de colocar “banda larga” nas escolas e com o aumento do número de famílias com acesso à Internet a partir das suas residências é também um sinal positivo”(p. 315).

Lopes & Gomes (2007) “O facto de se tratar de um serviço online, é uma das grandes mais-valias dos sistemas de blogues pois não só permite que possam ser consultados/lidos a partir de qualquer ponto do mundo com acesso à Internet, como permite receber contributos de autores ou leitores igualmente dispersos geograficamente. Estas características fazem com que possa ser utilizado no suporte a projectos de colaboração a nível internacional” (p. 127).

O CONECTIVISMO COMO TEORIA DE APRENDIZAGEM APLICADA AO BLOGUE

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“Connectivism presents a model of learning that acknowledges the tectonic shifts in society where learning is no longer an internal, individualistic activity. How people work and function is altered when new tools are utilized. The field of education has been slow to recognize both the impact of new learning tools and the environmental changes in what it means to learn” (Siemens 2004).

O conectivismo é uma teoria de aprendizagem recente que surgiu para explicar o efeito da tecnologia na forma como as pessoas vivem, comunicam e como aprendem.

Esta teoria defende que a construção de conhecimento, ao contrário de outras teorias mais tradicionais como o behaviourismo e o cognitivismo, é possível através do desenvolvimento de conexões em rede.

A aprendizagem na era digital deixou de ser um processo que se desenvolve ao nível do indivíduo mas ao nível do grupo. A construção de conhecimento é assim um processo de constante actualização através do grupo.

Por ser uma teoria recente, mas que efectivamente reflecte uma nova dinâmica na sociedade em termos de aprendizagem, o seu processo de integração na Educação como estratégia pedagógica ou como forma de explorar novos recursos educativos é hoje objecto de intenso debate público.

Os princípios do conectivismo assentam nas seguintes noções de que o conhecimento reside numa rede (pessoas ou organizações) e desta forma também podemos falar em conhecimento distribuído; o conhecimento poderá existir, para além do ser humano, em diferentes equipamentos tecnológicos; o que sabemos hoje pode não ser importante no futuro, já que a informação que recebemos está em constante evolução, é um processo contínuo que ocorre ao longo da vida; e finalmente mais importante do que aquilo que sabemos num determinado momento é a nossa capacidade de adquirir mais conhecimentos e de adaptação a novas realidades.

De acordo com o Conectivismo, muito do conhecimento adquirido é também construído em ambiente informal, o que nos remete para a importância do Blogue como ferramenta tecnológica que potencia a aprendizagem colaborativa.

O Blogue, em contraste com a sala de aula, fomenta um ambiente informal de aprendizagem e troca de conhecimentos. Está em constante reciclagem de recursos e informação através da sua rede de trabalho (alunos e professores), de forma a acompanhar a evolução tecnológica e responder às necessidades dos seus utilizadores, e permite a construção de conhecimento em grupo/rede através da partilha de ideias, experiências e reflexões.

Em suma o Blogue, com base na perspectiva da Teoria de Aprendizagem do Conectivismo, pode ser uma ferramenta poderosa no processo de aprendizagem de uma rede de trabalho por constituir um elo de interacção e partilha entre membros do grupo, de uma forma dinâmica e evolutiva.

INTRODUÇÃO

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Em Portugal designa-se de Blogue, no entanto, Blog é uma abreviação de Weblog (rede, teia) e Log (registo). Jorn Barger foi o autor do conceito Weblog em 17 de Dezembro de 1997. Por sua vez, Peter Merholz fez a abreviação para blog. O motor de busca de blogues “Technorati” constatou existirem mais de 112 milhões de blogues em Dezembro de 2007.

O Blogue como ferramenta tecnológica de aprendizagem poderá ser utilizado como um recurso educativo ou enquadrado numa estratégia de ensino.

No entanto, é importante distinguir os diversos tipos de Blogues criados para diversos fins, tais como: pessoais que falam sobre a vida pessoal do seu criador, outros como portefólios digitais de trabalho e outros ainda de autoria colectiva, dinamizados por professores e alunos, por exemplo.

O tipo de Blogue que pretendemos explorar e justificar como ferramenta pedagógica é aquele que permite uma interacção e comunicação entre professores e alunos, e que desta forma tem uma autoria colectiva.

As características que potenciam esta particularidade pedagógica são entre muitas: o facto de o Blogue ser, na esfera virtual, público e acessível a todos; a possibilidade de interacção e comunicação entre professor e aluno, o professor ao tornar-se “digital” aproxima-se mais dos alunos; o registo cronológico de conteúdos que permite um acompanhamento em sequência dos temas e assuntos abordados; a abertura para que cada um se possa exprimir sem censura; o acesso a um conjunto de informações, pessoas e referências para outros recursos educativos; a sua forma inovadora e apelativa de transmissão de conhecimentos; a oportunidade de reflectir sobre o que se coloca permitindo um crescimento pessoal e profissional; dá aos alunos mais tempo de reflectir sobre o que foi dito em sala de aula.

Como recurso educativo inovador, o Blogue permite ainda a conjugação das suas particularidades com vários recursos multimédia muito apelativos. O professor assim como o aluno podem enriquecer os conteúdos colocados em “post” adicionando músicas, entrevistas, efeitos especiais, fotografias, vídeos, textos, gráficos, links, entre outros.

Uma estratégia de ensino poderá funcionar mediande a construção de um Blogue de recursos como elo de comunicação entre professor e aluno. O aluno pode ter acesso aos temas discutidos na sala de aula ou até a um programa temático da disciplina que lhe permitirá preparar as aulas seguintes. Se o professor o entender, os alunos poderão também encontrar actividades temáticas extra que promovam a experimentação e posterior auto avaliação. A forma como os alunos interagem e comunicam entre eles e com os professores no Blogue estimula a aprendizagem colaborativa.

O professor neste contexto de aprendizagem colaborativa assume o papel de mediador e coordenador dos trabalhos apresentados. O seu papel é também propor e incentivar actividades que promovam a aprendizagem e aplicar estratégias pedagógicas.

Em conclusão o Blogue, como ferramenta tecnológica que promove a aprendizagem colaborativa, permite a constante actualização do conhecimento adquirido, através da constante renovação de recursos. Os alunos têm a possibilidade de enriquecer os temas explorados na sala da aula através dos conhecimentos e experiências que trazem do mundo virtual e podem ainda continuar o seu processo de construção de conhecimento, iniciado na escola, quando chegam a casa através do Blogue.

Reflexão Crítica sobre a utilização de Blogues

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Os Blogues são uma ferramenta pedagógica, certamente! São fáceis de utilizar, em termos técnicos, ma nem tudo são rosas.

A maior dificuldade na utilização de um blogue consiste em convencer os estudantes que estão num tempo de trabalho, pois a utilização do blogue supõe a ligação à Internet em pleno funcionamento e esta poderá ser partilhada por outras aplicações, designadamente pelo MSN e pelo Facebook! A escola poderá utilizar software para bloquear estas aplicações, mas se assim for surge a autoridade do professor diminuída aos olhos do aluno porque está a impor-se de um modo que nem o próprio docente controla.

Os blogues apresentam-se teoricamente como espaços privilegiados de reflexão, mas para serem capazes de fazer uma leitura crítica têm que saber sintetizar a informação, saber ler e interpretar os dados que se lhe apresentam, mas muitas vezes têm lacunas de tal modo graves ao nível da compreensão e da expressão escritas, que não conseguem começar a responder antes das questões lhes serem explicadas oralmente, tentam escrever como o professor lhes disse porque não sabem estruturar as frases, e obviamente os textos ficam incompreensíveis.

Os blogues são espaços difíceis de avaliar. Somos obrigados a respeitar os mesmos critérios de avaliação, mas a facilidade com que uma ideia salta de blogue em blogue não tem comparação com nenhuma outra situação, de maneira que facilmente se perde a “autoria” dos argumentos, o que dificulta a avaliação.

Nos casos mais graves de cópia, mesmo que o aluno tenha a “inteligência” suficiente para utilizar um blogue de outra turma, ou mesmo de outro ano lectivo, o Google é amigo do professor se ele não tiver alterado significativamente a estrutura das frases.

Originariamente os blogues situavam-se a grande distância dos sites, porque só estes permitiam arrumar com lógica os diversos temas. Hoje, porém, apesar da apresentação das mensagens obedecer à ordem cronológica inversa, graças às tag clouds, é fácil navegar pelos temas dos blogues. Esta feature é particularmente útil nos blogues de recursos construídos pelos professores, pois ensinando os alunos a utilizá-la, todos os tópicos ficam acessíveis durante todo o tempo, enquanto antes só liam as mensagens da primeira página, obrigando o professor ao trabalho de republicação dos posts antigos. Também os motores de pesquisa internos são mais fiáveis. Estas features adquirem interesse para os blogues construídos pelos alunos quando estes começam a ter conteúdos em volume significativo.

Se os alunos forem mais interessados, a utilização da Internet associada aos blogues permite uma exploração dos temas mais realista, porque as fontes de informação já estão na Web. Mas não é seguro que a utilização dos blogues agrade a todos, porque dão efectivamente mais trabalho que ouvir aulas expositivas, e os alunos menos preparados podem ter receio de ser colocados à prova.

O Blogue em todas as áreas curriculares

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Há muito, muito tempo, as escolas usavam giz e ardósias, aparos e pranchetas, cinzel e granito, lápis e esferográficas… Subitamente, apareceu uma nova Tecnologia, o Blogue!
E uma vez, o Ministério da Educação, depois de nomear uma comissão especial e de convidar representantes dos pedagogos e das administrações das Escolas, concluiu que nem era preciso gastar um Euro para os adquirir, e muitos alunos e professores mais ousados até já os utilizavam! Mas era urgente terminar com o caos e definir uma Iniciativa Especial para os Blogues... Esta é a história dessa iniciativa em duas escolas.





Escola A

Abriu um novo Centro de Estudos em Blogues e Conectivismo no meio de grande publicidade e colocou lá todos os computadores com os quais era possível aceder aos Blogues. Nomearam um Professor Encarregado dos Blogues.

Estavam preocupados que alguém utilizasse indevidamente esses raros e valiosos Blogues e colocaram grades nas janelas.

Cartazes e sinais com "Centro Especial dos Blogues" foram pintados nas paredes para informar o mundo de que estavam orgulhosos dos seus Blogues e de que os seus Blogues eram especiais.

Nenhum professor estava autorizado a utilizar os blogues a não ser que frequentasse um curso de Estudos em Blogues – treino especial era exigido para manusear essas novas ferramentas do processo de ensino-aprendizagem: os professores necessitavam de entender conceitos de post, título, corpo, etiqueta, link, imagem, vídeo, rascunho, design, tag cloud, html, layout e muitas outras coisas estranhas.

Estudos em Blogues foram introduzidos como um curso para todos os alunos de 8 anos – estudaram Aplicações dos Blogues, Blogues no Desenho, Blogues na Escrita, Implicações Sociais dos Blogues, Design Instruccional dos Blogues, História dos Blogues e Tendências Futuras em Blogues.

10 bolsas de estudo em Blogues foram oferecidas a alunos do ensino primário locais para atrair os melhores e mais inteligentes.

Um dia o professor de Cidadania ouviu falar desses novos Blogues e pensou que podiam ser úteis nas aulas de Cidadania mas o professor de Estudos em Blogues explicou que todos os blogues eram sempre utilizados em aulas de Estudos em Blogues, e de qualquer maneira, precisava de treino específico para usar um Blogue.

O Professor de Estudos em Blogues concordou em dar algumas lições sobre o uso dos Blogues na Cidadania como parte de um Curso de Sensibilização aos Blogues, apesar de não saber nada acerca de Cidadania.
"Não seria melhor se tivéssemos os nossos próprios blogues no Departamento de Cidadania "? perguntou o Professor de Cidadania . "NÃO, NÃO, NÃO! Não seja parvo!" contrapôs o professor Encarregado dos Blogues.

O mesmo para o professor de "Economia": "Ouvi dizer que os blogues são bestiais em Economia – os alunos podem aceder a documentos e dados de organismos internacionais, construir os gráficos que lhes interessam no Excel, levar as imagens para os blogues, escrever lá os respectivos comentários, e fazer links para as fontes! Se é possível fazer isto tudo, porque é que continuamos a utilizar manuais que estão sempre desactualizados?! "

O mesmo para o professor de Português "Podemos usar alguns Blogues – o que é que acha?". "Vou ver o que se pode fazer" – disse o professor Encarregado dos Blogues, "mas é muito difícil pôr mais alguém no curso. E além disso, todos os nossos professores especialistas em Blogues estão extraordinariamente ocupados".

O mesmo se passava com os professores de Inglês, Filosofia, Contabilidade, Literatura, História…

O mesmo se passava com os professores de Música, Expressão Dramática, Ciências, Biblioteca.

A procura de Cursos em Blogues tornou-se tão grande que a escola A teve de construir novos edifícios para acomodar mais Laboratórios de Blogues e contratou mais Professores de Blogues.

Entretanto, de volta à sala de Cidadania, Economia, Português ou qualquer outra disciplina, o lápis e as esferográficas, bem como o giz indicam o "estado-da-arte" em que trabalham quotidianamente.

5 anos depois a escola A tem 5 Laboratórios de Blogues, integrados num moderno Centro de Recursos, 4 professores especialistas em Blogues e metade dos seus estudantes a tirar Cursos em Blogues. Contudo, mais ninguém na escola alguma vez usou Blogues.





Escola B

A escola B também começou numa sala especial mas tinha um Plano.

O plano consistia em "Blogues em todas as áreas curriculares".

Era um plano ousado, corajoso, um plano difícil – mas um bom plano!

Foi estimulada a banalização dos Blogues pelos alunos e professores, colocando todas as salas de aula com acesso à Internet. Todos os alunos começaram a utilizar portátil, usufruindo da ligação wireless oferecida pela escola, e descobriram que gravando os documentos em blogues, eles ficavam mais seguros e mais acessíveis que nos antigos dossiers de papel.

Os Blogues eram uma tecnologia tão simples que a aprendiam nos tempos de lazer, sem necessidade de contratarem professores para tirarem Cursos em Blogues!

Até colocaram alguns computadores na Biblioteca, na Sala de Professores, na Sala de Convívio e na Sala de Estudo para qualquer um usar a Internet e aceder à blogosfera, mesmo sem ter qualquer treino!

"O quê? Qualquer um?" "Que problema!" "Quem é que os reiniciará?"

"Quem é que irá perceber todos aqueles termos – http://, pt.wikipedia.org, europa.eu?"

"E com que qualidade?" (se permitem Blogues made in Blogger qualquer um pode acabar por ter um Blogue!)

"E então a correcção – quem substituirá as borrachas?" "Quem é que irá corrigir os erros ortográficos e os outros pontapés na gramática?" "E os problemas de compatibilidade? – porque é que os blogues raramente apresentam o texto justificado à esquerda e à direita?" "Quem é que decidirá as cores dos Blogues?"

Sim, houve alguns problemas iniciais mas de qualquer forma as pessoas foram ultrapassando-os. Passado algum tempo começaram a perceber que os Blogues eram bastante fáceis de utilizar, até para professores!

Alguns Blogues foram inseridos em áreas temáticas específicas para os professores as experimentarem. Alguns professores ficaram tão impressionados que até abriram os seus próprios Blogues e questionavam-se como é que podiam ter passado tanto tempo sem um.

Havia ainda alguns problemas grandes para ultrapassar até se chegar à utilização dos Blogues nas salas de aula. Surgiram problemas de design instrucional que os professores não tinham enfrentado antes. Seria necessário que cada aluno tivesse o seu próprio Blogue ou poderiam partilhar e trabalhar em grupos? Seriam co-autores de blogues de grupo ou postariam todos no blogue da Turma?

No início, só alguns professores utilizavam Blogues nas suas lições mas à medida que o tempo passava mais professores viam o fantástico trabalho feito pelos alunos dos professores que usavam Blogues e começaram também a exigir que as suas salas ficassem ligadas à Internet, o que rapidamente se alargou a toda a escola.

Cinco anos depois a escola já não precisava do seu Laboratório de Blogues excepto para alguns alunos que queriam estudar Ciências de Blogues na Universidade ou que queriam trabalhar para servidores de blogues, como o Blogger ou o Wordpress. Haviam computadores por toda a escola e a maioria da equipa e dos alunos utilizavam-nos muito naturalmente, mas os portáteis foram-se tornando uma opção cada vez mais comum. De qualquer maneira, os blogues tornaram-se um elemento central do ambiente personalizado de aprendizagem da tanto de professores como de alunos, fortalecendo os laços no seio da comunidade escolar e facilitando a relação da escola com os encarregados de educação.

E o que aconteceu a todos os professores especialistas em Blogues? Tudo bem, estavam numa boa porque não tinham ficado quietos. Tinham estado a aprender sobre o 2nd Life!



Inspirado em “O lápis em todas as áreas curriculares”, uma ideia original de Alan Kay.

 

Written by José Neto. Powered by Novos Templates para o Blogger