Summary - EDUBLOGUES.PT

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Bearing in mind that we want to reflect critically on the use of blogs in education in a sustainable manner and decide on its use taking into account different educational scenarios, this educational trip to the blogosphere was conducted adopting the Connectivism as a learning theory supposedly more updated. This interpretation was enriched thinking in different situations, with the help of just the two regimes of justification has shown dominant in the understanding of professorial teaching practices in school evaluation: industrial justification and domestic justification. Although we refer to all levels of education, the study focus in secondary education, exactly where the literature is scarce, following the usual pattern the researchers to study the contexts in which they live.

Conclusion - EDUBLOGUES.PT

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Analyzing the educational blogosphere, we identified significant regularities, even starting from a learning theory that understands the chaos characteristic of the teaching process and the growth and formation of networks. We felt the need to place an order in the Digital World, to be able to define what should be observed. The regimes of justification have proved productive in the comparison of learning scenarios in Connectivism, because the analysis of the blogosphere through the educational literature, allowed the design of some contrasting situations.

We conclude that despite all the potential assigned to the blogs, the kind practiced in teaching through the teaching of Secondary education, bringing the test to method of teaching [1] there is no time for building blogs. Teachers complain that the programs are extended but must be met. But we believe that it would be advantageous to the existence of a resource blog built by teachers, since the Web is certainly the "handbook" closer to the students. The argument of lost time in class could be overcome, opting for the construction of a class blog where students will be all collaborators through their homework. Teachers who like to do all the beads for classification purposes - industrial perspective of justification - would like to be able to count the homework for each student by simply clicking on its label, and have the portfolios accessible at any time.

When the assessment in Secondary level relieves the pressure, it's possible to find examples of educational blogs. Vocational courses and New Opportunities in the face of these situations illustrate through education. These sectors of secondary school have frequently experiences with blogs, because the portfolio of professional courses can be effectively valued [2], and at New Opportunities all focus on work that accumulates in portfolio. We also noted the potential of blogs in the personalization of education in the case of pupils with Special Educational Needs. In these situations the predominant interest in integrating students into the community, in the domestic justification.

In primary education, assessment is not a constant of daily school life, having time for children to express themselves creatively building blogs. Note that with the students in school all day, you also need to be masochistic to opt for classroom discourse, with opportunity for practice sessions, where blogs are a really interesting alternative. Naturally, the choice is justified in the name of motivation, etc. students (domestic justification).

The domestic justification is taken home in higher education, offering more autonomy to students, as alleged in this level of education.

The poor penetration of the blogs in daily school life may be attributed partly to the clash of cultures identified by Prensky, because while children learn with friends and family (in the domestic context) and have basic skills in computers in the 5th grade, the teachers feel the need to adapt to a digital world that is no longer yours. To this goal they need to do training (industrial justification), but most likely only will stay updated the self-taught.

[1] These words are not excessive when many classes are passed to solve exams from previous years or in similar assignments.
[2] It is understood by "really appreciated the" evaluation criteria provide ~ 50% for the tests, ~ 50% for blogs. This is important because if the tests have a 90% weighting, the blogs will not be made.

Interpretando as decisões em diversas situações: os regimes de justificação

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Para ficarem de acordo sobre aquilo que é justo, as pessoas devem reconhecer um bem comum (Boltanski, Thévenot, 1991:183). Em ordens legítimas, as pessoas compartilham uma humanidade comum expressa numa capacidade comum de ascender ao bem comum. No universo escolar esta humanidade comum expressa-se na igualdade de direitos entre os seres, e noutros que não serão aqui referidos em função dos limites do artigo. O importante é sublinhar que o constrangimento dos actores a ordens legítimas permite agrupar as “normas práticas” em regimes de justificação onde os próprios explicitam as suas actividades.
É obviamente significativo que todos os autores se refiram às ciências da educação, no plural, porque o seu corpo de conhecimentos não se encontra suficientemente estruturado para que constitua uma ciência. As teorias que difundem, são tanto mais consideradas úteis pelos professores, quanto estes nelas revejam orientações práticas, que possam transpor facilmente para as suas actividades escolares, caso contrário serão ignoradas. Seleccionei o Conectivismo como teoria de aprendizagem para interpretar os cenários pedagógicos em que são utilizados blogues porque esta me parece mais actualizada em função do desenvolvimento tecnológico, e portanto com maior utilidade prática. Por imposição das suas necessidades práticas, sucede até o aspecto curioso – constatado no fórum do Moodle – de os docentes adoptarem o “Conectivismo” no seu quotidiano muito antes de conhecerem a sua designação. O reconhecimento de que os actores adoptam regras práticas não inviabiliza o seu estudo porque estes obedecem a regras, seguem modelos e respondem a expectativas. Nas suas actividades pode-se sempre detectar uma certa ordem, que resulta do facto de os intervenientes se reconhecerem em determinados modelos. Neste trabalho são imaginados[1] dois modelos para compreender o entendimento professoral na selecção das tecnologias.  Associados ao Conectivismo, permitirão perspectivar coerentemente as referências que os professores tomam, como pensam, os juízos que fazem, interpretar as suas decisões no contexto das suas acções.
“Para ser válida, a selecção dos diferentes cenários pedagógicos e/ou do design instrucional deve repousar sobre critérios justos, de saberes legítimos e ser levada a efeito em condições de relação entre o designer e os aprendentes que correspondam às relações normais entre os professores e os alunos. É este o momento fundamental sobre o qual se fixa o trabalho de denunciação, que se concentra frequentemente sobre a precisão do dispositivo de prova” (Derouet, 1992:83, remix para o tema). Daqui decorre o meu método de trabalho: irei utilizar a blogosfera para escutar o que alunos e professores disseram sobre as suas experiências de utilização de blogues educativos, verificando em que medida correspondem às expectativas da teoria de aprendizagem, e testando o contributo dos regimes de justificação para um melhor entendimento dos percursos pedagógicos mediados por blogues. Definem-se abaixo os dois regimes de justificação, partindo de diferentes concepções da criança.


[1] Num trabalho mais desenvolvido os regimes de justificação deveriam ser construídos tendo em conta a especificidade do objecto de estudo. Refiro-me a dois modelos imaginados porque irei transpor para a selecção de tecnologias os dois regimes de justificação que se revelaram mais pertinentes para o entendimento professoral da avaliação, num mestrado anterior.    

EduBlogues - Índice

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Bibliografia

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BOLTANSKI, Luc, THÉVENOT, Laurent, (2001), De la justification – Les economies de la grandeur, Éditions Gallimard, Paris.
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CRUZ, Sónia C., CARVALHO, Ana A., (2007), Weblog como Complemento ao Ensino Presencial no 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico, Visitado em Junho de 2011,  
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GOMES, Maria João, (2005), Blogs: um recurso e uma estratégia pedagógica, Universidade do Minho, Visitado em Junho de 2011, http://hdl.handle.net/1822/4499
GOMES, Maria João, (2006), Portefólios digitais: revisitando os princípios e renovando as práticas, Universidade do Minho, Visitado em Junho de 2011, http://hdl.handle.net/1822/8083
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MAGALHÃES, Maria da Graça, (2008), O blogue: uma ferramenta facilitadora de aprendizagem e de comunicação na aula de Francês, Visitado em Junho de 2011,

MAIA, Carla Silveira, (2010), A interacção entre famílias e a relação família - escola : o impacte das tecnologias de informação e comunicação nas necessidades educativas especiais, Visitado em Junho de 2011, http://biblioteca.sinbad.ua.pt/teses/2010001671

MOREIRA, A [et al] org, (2006), Globalização e des(igualdades): os desafios curriculares – Blogue: Uma ferramenta com potencialidades em diferentes níveis de ensino, Visitado em Junho de 2011,  http://hdl.handle.net/1822/5915
OCDE, (2010), Inspirados pela tecnologia, norteados pela pedagogia – Uma abordagem sistémica das inovações educacionais de base tecnológica, Visitado em Junho de 2011,  
PEREIRA, Ana Rita da Fonseca, (2010), WebQuests e blogues na formação de adultos centrada em padrões matemáticos, Visitado em Junho de 2011,  http://biblioteca.sinbad.ua.pt/Teses/2010001679
RIBEIRO, Sampaio, (2009), Painel da estatística: uma experiência num curso profissional, Visitado em Junho de 2011, http://hdl.handle.net/1822/9975
PRENSKY, Marc, (2001), Digital Natives Digital Immigrants, Visitado em Junho de 2011, 

PRENSKY, Marc, (2004), The Emerging Online Life Of The Digital Native, Visitado em Junho de 2011,

SIEMENS, George, (2004). A learning theory for the digital age. Visitado em Junho de 2011, http://www.elearnspace.org/Articles/connectivism.htm
SIEMENS, George, (2008), What is the unique idea in Connectivism?, Visitado em Junho de 2011, http://www.connectivism.ca/?p=116
SIEMENS, George, TITTENBERGER, Peter, (2009), Handbook of Emerrging Techonologies for Learning, Visitado em Junho de 2011,
SIEMENS, George, (2006), Knowing Knowledge. Visitado em Junho de 2011,
SIEMENS, George, (2010), Connections and Content – currency, Visitado em Junho de 2011,   http://www.connectivism.ca/?p=45
TAPSCOTT, Don, WILLIAMS, Anthony D., (2008), Wikinomics – A Nova Economia das Multidões Inteligentes, Quidnovi, Lisboa.
Viudes y Reyes, Anabela Silva (2010), Utilização da Internet em cursos de educação e formação de adultos (E.F.A.): estudo de caso, http://repositorioaberto.univ-ab.pt/handle/10400.2/1439
WHEELER, Steve, (2010?), Combining Social Web Tools to Promote Collaborative and Reflexive Learning in Distance Education, University of Plymouth, United Kingdom. 

Conclusão

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Analisando a blogosfera educativa, identificaram-se regularidades significativas, mesmo partindo de uma teoria de aprendizagem que entende o caos como característica do processo de ensino e do crescimento e formação das redes. Sentiu-se necessidade de colocar uma ordem no Mundo Digital, até para se poder definir o que deveria ser observado. As lógicas de interpretação dos regimes de justificação revelaram-se produtivas na comparação de cenários de aprendizagem no Conectivismo, porque a análise da blogosfera educativa através da literatura consultada, permitiu desenhar algumas situações contrastantes.
Concluímos que apesar de todas as potencialidades atribuídas aos blogues, o tipo de ensino praticado na via ensino do Ensino Secundário, que eleva o teste a método [1] não há tempo para a construção de blogues. Os professores queixam-se que os programas são extensos mas têm de ser cumpridos. Porém crê-se que seria vantajosa a existência de um blogue de recursos construído pelos professores, uma vez que a Web será certamente hoje o “manual” mais próximo dos estudantes. O argumento da perda de tempo na aula poderia ser ultrapassado, optando-se pela construção de um blogue da turma onde todos os alunos fossem colaboradores através dos seus tpc. Os professores que gostam de fazer todas as continhas para efeitos de classificação – perspectiva da justificação industrial – teriam o gosto de poder contabilizar os trabalhos de casa de cada estudante clicando simplesmente na respectiva etiqueta, além de terem os portefólios acessíveis a qualquer momento.
Quando a avaliação no Ensino Secundário alivia a sua pressão, é mais encontrar exemplos de construção de blogues educativos. Os cursos profissionais e as Novas Oportunidades ilustram estas situações face à via ensino. Nestes ramos do secundário encontram-se mais frequentemente experiências com blogues, porque o portefólio dos cursos profissionais pode ser efectivamente valorizado[2], e nas Novas Oportunidades todas as validações incidem sobre trabalhos que se vão acumulando no mesmo. Também se constataram as potencialidades dos blogues na personalização do ensino no caso dos alunos com Necessidades Educativas Especiais. Nestas situações predomina o interesse de integrar os estudantes na comunidade, razão porque se integram na justificação doméstica. 
No ensino básico a avaliação também não é uma constante do quotidiano escolar, havendo tempo para as crianças se expressaram criativamente construindo blogues. Observe-se que com os alunos na escola o dia inteiro, também é preciso ser masoquista para optar por aulas discursivas, havendo oportunidade para realizar sessões práticas, onde os blogues constituem uma alternativa verdadeiramente interessante. Naturalmente que se justifica a opção em nome da motivação, etc. dos alunos (justificação doméstica).   
A justificação doméstica é retomada no ensino superior, oferecendo maior autonomia aos estudantes, tal como suposto neste nível de ensino.
A reduzida penetração dos blogues no quotidiano escolar poderá atribuir-se parcialmente ao choque de culturas identificado por Prensky, pois enquanto as crianças aprendem com os amigos e familiares (no contexto doméstico) e possuem as competências básicas em computadores no 5º ano de escolaridade, os professores sentem necessidade de se adaptarem a um Mundo Digital que já não é o seu. Para o efeito precisam de fazer acções de formação (justificação industrial), mas muito provavelmente apenas se manterão actualizados os autodidactas.


[1] Estas palavras nem serão excessivas quando muitas aulas são passadas a resolver exames de anos anteriores ou em tarefas semelhantes.
[2] Entenda-se por “efectivamente valorizado” os critérios de avaliação preverem ~50% para os testes, ~50% para os blogues. Isto é importante porque se os testes tiverem uma ponderação de 90% os blogues não serão feitos.

Blogues no Ensino Secundário

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No Portal das Escolas é referenciada a utilização de blogues na disciplina opcional Francês, como estratégia de motivação para metade da turma que preferiria o Latim ou o Alemão. A professora criou um blogue onde lançava os desafios à turma, e cada aluno respondia num blogue autónomo criado especificamente para as tarefas de Francês. A estratégia de exigir que cada aluno se responsabilize pela actualização do seu blogue é importante para facilitar a avaliação, que é uma área particularmente sensível no Secundário. A experiência excedeu as expectativas da docente, uma vez que “por iniciativa própria produziram e editaram imensos textos, colocaram imagens e vídeos em número elevado, que foi aumentando significativamente do primeiro para o segundo ano do projecto, quer em quantidade, quer em qualidade, fomentando a criatividade dos indivíduos pois os blogues exigem a construção de materiais que cativem os potenciais leitores. Os dados da avaliação, francamente positiva, que os alunos fazem desta estratégia reforça a ideia que se pode considerar o blogue muito útil na aprendizagem da língua francesa, contribuindo para o desenvolvimento da competência de expressão escrita e para o enriquecimento lexical e cultural. O blogue contribuiu para que os alunos aprendessem Francês e para que desenvolvessem uma atitude crítica e reflexiva. Em termos humanos possibilitou uma maior interacção dos alunos da turma que sentiam prazer em partilhar ideias, em interagirem uns com os outros e em trabalharem colaborativamente, contribuindo para a sua socialização, características essenciais para o sucesso da aprendizagem” (MAGALHÃES, 2008:224), apresenta na sua conclusão predominantemente os ingredientes da justificação doméstica, sem descorar a justificação industrial: a aprendizagem do Francês!
Outras experiências de utilização de blogues no Ensino Secundário poderão encontrar-se procurando estudos no Repositório Científico de Acesso Aberto, que podem generalizar-se com algumas precauções.
Desenvolvendo a justificação doméstica, podemos afirmar que nos ramos menos prestigiados do secundário, quando a função de avaliação perde importância, como nos cursos profissionais[1] - Matemática (Ribeiro, 2009) e Português (Moreira, 2006) - e nas Novas Oportunidades[2] – (Pereira,2010) e (Viudes y Reyes, 2010) - é mais fácil encontrar experiências com blogues.
No caso de alunos com Necessidades Educativas Especiais os professores também são mais condescendentes. Maia (2010) afirma que os blogues promovem a interacção entre as suas famílias e que tendem a estar associados à construção de uma relação mais próxima entre a família e a escola.
Na Escola Secundária Francisco da Holanda (Fonseca e Gomes, 2007) aplicaram um questionário aos docentes de ciências (Biologia e Geologia) e apresentam alguns resultados interessantes, que foram reescritos, como forma de tentar aceder às experiências da blogosfera escolar na via ensino, testando a utilidade da revisão proposta ao Conectivismo:
1 – Confirma-se o blogue como prolongamento virtual da privacidade da sala de aula, embora teoricamente sejam públicos:
- As escolas não incluem geralmente na sua página institucional links para os blogues dos docentes ou de alunos nas suas páginas oficiais;
- A interacção na blogosfera escolar é feita essencialmente entre os elementos de uma mesma escola, e mais especificamente entre elementos da mesma turma; a participação de pais e encarregados de educação nos blogues, através do sistema de comentários nunca se verifica.
Este ponto é melhor compreendido depois de termos sugerido a limitação do crescimento das redes pelo calor comunitário, (justificação doméstica) incompreensível na perspectiva de Siemens.
2 – Confirma-se a justificação industrial para a não utilização de blogues:
- Os meios informáticos disponíveis na sala de aula encontram-se longe do ideal;
- Os programas curriculares das disciplinas são extensos, dificultando a utilização de blogues;
- A actividade de um blogue escolar tem que ser planificada, e é importantíssimo que no decurso das tarefas seja dado feedback aos alunos. Apenas é possível manter o seu empenho com a leitura sistemática e a apreciação crítica regular do professor, portanto este trabalho não é realizável em turmas numerosas.
2.1 – A numeração como 2.1 em vez de 3 destina-se a sugerir que estes tópicos poderiam ser integrados no ponto 2, mas encontra-se vantagem em sublinhar que fazer blogues dá mais trabalho que não fazer:
- Os professores que estão a utilizar blogues são auto-didactas no que se refere aos mesmos, apesar de alguns deles terem formação especializada na área das TIC;
- Como causas da baixa utilização dos blogues nas actividades escolares por parte dos professores podem apontar-se: (1) o desconhecimento das potencialidades da exploração dos blogues no ensino; e (2) a falta de disponibilidade e/ou o acréscimo de trabalho que a manutenção do blogue exige ao professor;
- Fazer blogues também dá mais trabalho aos estudantes que a participação oral frequentemente requerida. Quanto aos alunos devemos distinguir os que tem acesso à Internet em casa dos que não têm. Estes apresentam inicialmente maiores dificuldades, mas se forem interessados acabam por colocar Internet em casa e atingir rapidamente a proficiência dos primeiros. Quanto a alunos preguiçosos os blogues não são estratégia, pois dão bastante mais trabalho que ouvir uma aula magistral, pelo que devemos contar com a sua resistência.
Até aqui tínhamos associado fundamentalmente a justificação industrial aos exames finais, mas os resultados deste questionário sugerem que a mesma lógica explicará outros factores: a insuficiência de computadores nas escolas; os programas curriculares extensos; a actividade não é realizável em turmas numerosas…. porque fazer blogues dá mais trabalho!


[1] Os alunos mais fracos são frequentemente encaminhados, ou eles próprios escolhem estes cursos, que não têm exames nacionais.
[2] Presume-se que as pessoas já têm competências que a escola não lhes reconheceu, e cabe aos formadores – também é interdita a expressão professores - organizarem o ensino de modo a que o adulto revele as competências que se encontram ocultas em si.

A blogosfera educativa em Portugal

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Constata-se que os blogues já acompanham o processo de ensino nas escolas portuguesas, como reportam CARVALHO et al. (2008) e CRUZ et CARVALHO (2007), entre outros.
Tentou-se interpretar os motivos que levam os professores a construir blogues, colocando um breve questionário no InteraTIC, acessível em http://goo.gl/A00mm, uma rede de professores com mais de 2500 membros:  


Não se obteve qualquer resposta, porque para os escassíssimos professores que se assumem como autores de blogues disciplinares, estes são geralmente concebidos como um prolongamento virtual do seu espaço privado na sala de aula, embora fiquem acessíveis a visitantes inesperados, que muitas vezes nem encontrarão indicação da Escola a que pertencem. Acontece ainda que particularmente a antepenúltima pergunta era muito incómoda, pois para conseguir obter resposta a questões deste tipo são necessárias abordagens que não estão ao alcance deste trabalho.
Lamenta-se a falta de respostas ao questionário, mas prossegue-se o estudo com o material disponível na Web. Face à multiplicidade de experiências aí acessíveis, por questões metodológicas limitaremos a viagem á blogosfera educativa em Portugal utilizando apenas estudos estatísticos publicados por instituições, os recursos indicados pelo Ministério da Educação no Portal das Escolas e teses disponíveis no RCAAP.
Ana Carvalho (2008) analisou 48 artigos de autores portugueses publicados até ao final do 1º trimestre de 2008 sobre a temática da utilização educativa das ferramentas da Web 2.0.
Concluiu que a frequência com que se estudam os blogues está muito afastada de qualquer outra ferramenta, pelo que quando se fala em na resistência das escolas em adaptarem-se às novas tecnologias ou à Web 2.0 não será excessivo fazer a transposição para o contexto da blogosfera educativa.


Outra conclusão importante que pode tirar da sua pesquisa, admitindo que as ferramentas mais estudadas corresponderão às mais utilizadas, porque não faz
sentido estudar no vazio: a utilização de blogues será mais frequente no 2º + 3º
ciclos e no Ensino Superior que no Ensino Secundário.


O Conectivismo por si não explica esta disparidade no estudo/utilização de blogues por níveis de ensino. Porém compreendemos que até aos 10 anos (Jardim de Infância e 1º Ciclo) a utilização de blogues seja escassa porque os estudantes ainda estarão a aprender a ler e a escrever. No 2º + 3º ciclos, os blogues já serão adoptados como ferramenta que lhes permite a sua livre expressão e o desenvolvimento pleno da sua autonomia no Ensino Superior (justificação doméstica). No Ensino Secundário os blogues são suprimidos porque o quotidiano escolar é dominado pela lógica da “formatação” para exame, onde a “pedagogia” ideal consiste em recriar, durante todo o ano lectivo, condições semelhantes às que serão vividas naquelas escassas duas horas. É pena não dispormos de dados que isolem a utilização de blogues no Ensino Secundário, mas segundo CARDOSO et ESPANHA (2010:23) o nível etário entre os 15 e os 24 anos é exactamente aquele que mais frequentemente lê blogues, e no qual 32% dos cibernautas mantêm blogues, decrescendo esta percentagem acentuadamente a partir daqui (ibidem:16). Mesmo no ambiente da preparação para exames, cremos que se revelará vantajosa a criação de blogues de recursos pelos professores (justificação industrial).    
No início do 5º ano de escolaridade os alunos já possuem “os conhecimentos básicos sobre o manuseamento do computador uma vez que a amostra revelou ter tomado pela primeira vez contacto com esta tecnologia antes de entrar para a escola” (CRUZ et CARVALHO, 2007:41). O mesmo estudo desenvolve a justificação doméstica, concluindo que a experiência de utilização de blogues em turmas do 2º e do 3º ciclos “é bastante motivador para o aluno desempenhar tarefas a partir da Web” e que “o envolvimento e empenho dos alunos nas actividades proporcionadas pelos desafios lançados nos blogues, quer como recurso quer como estratégia pedagógica, possibilitou aos alunos o desenvolvimento e/ou consolidação de competências” (ibidem:84). Ao constituírem espaços de publicação na Web os blogues permitem tornar visível a produção escrita dos seus autores dando assim “voz” às suas ideias, interesses e pensamentos. Participar num blogue que tenha uma audiência pode ser um estímulo à reflexão e produção escrita desde que exista uma orientação e acompanhamento nesse sentido. A escola e as actividades nela realizada ficam mais expostas ao escrutínio público mas também mais próximas das comunidades em que se inserem e abrem-se novas oportunidades para o envolvimento e colaboração de diversos membros dessas comunidades. O médico do centro de saúde ou o farmacêutico da vila podem contribuir com os seus conhecimentos para o desenvolvimento de um blogue sobre educação para a saúde. Os pais de uma criança proveniente de outro país podem participar num blogue sobre tradições de Natal. As possibilidades são imensas (Gomes, 2005:313). O envolvimento da comunidade no processo educativo, facilitado pela rede, é um ingrediente da justificação doméstica.
Será oportuno referir que os professores não encararam os blogues com a mesma facilidade dos estudantes, pois “necessitavam de fazer alguma formação e auto-formação e aproveitar as reuniões semanais para experimentarem eles próprios a publicação no blogue. Ao mesmo tempo significava superar um desafio. A segunda dificuldade foi conseguir utilizar a sala de informática com alguma regularidade (…)” (Leão et Brandão, s/d:324).
É no miminho curioso o contraste entre a referência aos conhecimentos adquiridos pelos alunos do 5º ano de escolaridade, certamente em contacto com amigos e/ou familiares, num contexto doméstico, e as necessidades de formação referidas pelos professores, que remetem para a realização de acções de formação, segundo a lógica industrial. E mesmo depois de obtidos os créditos os blogues disciplinares não aparecem! Há certamente muito mais constrangimentos. Este contraste na perspectiva de  PRENSKY (2001 e 2004) sugere que a escola é palco do choque de culturas entre os nativos digitais e os imigrantes digitais
Conscientes das potencialidades das tecnologias verificaram-se realmente investimentos das autoridades em hardware, mas muito frequentemente sem terem em consideração os contextos locais. Esta será apenas mais uma explicação para que ainda que o acesso às novas tecnologias digitais nas escolas tenha aumentado significativamente nos últimos dez anos, sua adopção não se observou tão rápida e intensivamente quanto o esperado, apesar dos esforços políticos em promover e apoiar as inovações com base em tecnologia (OCDE, 2010).
A análise dos recursos indicados pelo Portal das Escolas sugere que o impacto deste “desfasamento” na blogosfera é selectivo, pois num total de 15 experiências relatadas, apenas uma se refere ao Ensino Secundário, predominando o 1º, 2º e 3º ciclos, mas estando também presentes os Jardins de Infância e o Ensino Superior.
Atendendo à especificidade dos diversos ramos do Ensino Secundário, as situações vividas no processo de ensino são susceptíveis de conduzir os professores a diferentes decisões. Veremos isso no ponto seguinte.

Redefinindo o Conectivismo, integrando os regimes de justificação

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George Siemens que é considerado o precursor do Conectivismo define-o como a teoria de aprendizagem para a idade digital (Siemens, 2004). Contudo podemos atribuir a emergência do Conectivismo ao desenvolvimento tecnológico na Sociedade em Rede descrita por Manuel Castells (1996) ou à Wikieconomia explicitada por Don Tapscott (2008) num primeiro paper de 2000, entre outros. É muito popular a ideia de investir na tecnologia e na educação para obter crescimento económico e desenvolvimento social. Por exemplo, a OCDE promove as inovações educacionais baseadas em tecnologia porque, no longo prazo, possivelmente será a maneira mais efectiva de assegurar os investimentos (OCDE,2010). Neste novo cenário as tecnologias da informação adquiriram um papel mais importante que na antiga estrutura industrial, redefinindo a organização da produção, os modos de fazer negócios, redesenhando as fronteiras entre trabalho e lazer, o significado do tempo de trabalho e o design dos processos de ensino.
Os meios de comunicação e a educação, por exemplo, foram longamente desenhados com via de sentido único, uma estrutura imposta pela hierarquia, que permite a alguns imporem a sua mensagem a muitos (mensagens padronizadas, justificação industrial):
- O jornal publica, os leitores lêem;
- A rádio transmite, os ouvintes ouvem;
- O professor ensina, os alunos aprendem.
A Web 2.0 é uma estrutura alternativa, de dois sentidos, onde todos podem ser produtores e consumidores da informação. O feedback já não é dispensado por nenhuma imprensa, mas nas escolas a introdução das ferramentas da Web dá os primeiros passos. A Web não só permite aos estudantes conhecerem o Mundo de um modo mais realista, como também modificou a forma de contactarem entre si e de se expressarem (mensagens dirigidas a pessoas específicas, justificação doméstica).
A preparação das crianças para o trabalho leva as escolas a organizarem-se nos moldes da justificação industrial - definem num ano o calendário do seguinte, fixando exactamente os recursos a utilizar, os objectivos a atingir e o percurso – mas no decurso das tarefas, tendo em consideração os mais variados interesses dos estudantes, o percurso será frequentemente redefinido, no âmbito da justificação doméstica.
A Sociedade em Rede é mais plural, complexa e flexível que a sociedade industrial, outro bom motivo para interpretar as acções dos actores em diversas situações práticas, escutando as suas justificações.
Siemens  reconhece a autonomia dos alunos, e ainda compreende a frustração de explorar territórios desconhecidos sem mapa. Um professor é um aprendiz de especialistas. Em vez de dispensar o conhecimento, ele cria espaços em que o conhecimento pode ser criado,   explorado e conectado com os estudantes. Enquanto os professores não dominarem muito bem a sua área, eles não aderem ao tutor-centro da sala de aula, recordando estruturas tradicionais  de poder. Um professor equilibra a liberdade individual dos aprendizes (justificação doméstica) com a interpretação cuidadosa do assunto a ser explorado (justificação industrial). Enquanto os alunos estão livres para explorar, eles encontram esquemas, conceitos e artefactos representantes da disciplina. Sua liberdade para explorar é ilimitada, mas quando eles se envolvem com o assunto, os conceitos-chave da disciplina são transparentemente reflectidos através das acções de tutoria do professor (Siemens, Tittenberger, 2009:31).
Na perspectiva tradicional, a ciência e o conhecimento são um conjunto de proposições. Aprender é ser capaz de se recordar do corpo destes “factos e princípios” (DOWNES, 2009) e as teorias de aprendizagem existem para a construção de cenários dos processos de ensino (justificação industrial), mas…. Como os factos e o conhecimento estão em constante progresso, o que é importante é a conectividade, pelo que o papel dos alunos é participarem em comunidades práticas de aprendizagem (ibidem). As teorias de aprendizagem têm uma lógica que se fundamenta na aquisição de capacidades e competências, mas o que interessa aos estudantes é o contributo do processo de aprendizagem para dialogarem numa linguagem comum (ibidem), processos que são sempre alvo de reformulação na sua prática (justificação doméstica) para se ajustarem aos interesses dos estudantes.
Para o Conectivismo um conceito central é o de aprendizagem situada: a aprendizagem como normalmente ocorre é uma função da actividade, do contexto e da cultura no qual ocorre. Quando define uma ecologia da aprendizagem, o Conectivismo atribuiu uma importância especial ao contexto. Enquanto outras teorias prestam uma atenção parcial ao contexto, o Conectivismo reconhece a natureza fluida do conhecimento e das conexões com base nos contextos. Assim, torna-se cada vez mais vital que não nos concentraremos nos conhecimentos pré-fabricados ou pré-definidos, mas nas nossas interacções com os outros e o contexto em que essas interacções surgem. O contexto traz tanto a um espaço de conexão de conhecimento/troca como a fazer as partes envolverem-se na troca (Siemens, 2008). Os blogues têm interesse como ferramenta para criar conexões e arquivar conteúdos interessantes. As conexões têm maior valor quando geram um certo tipo de conteúdo para o aluno. Não é o conteúdo, em geral, que os alunos querem. Eles querem conteúdo que seja actual, relevante e contextualmente apropriado (Siemens, 2010).


Para Siemens (2004) a aprendizagem é “a process that occurs within nebulous environments of shifting core elements – not entirely under the control of the individual”. Uma vantagem de combinar os regimes de justificação com o Conectivismo é tornar as acções previsíveis, considerando os constrangimentos morais dos actores nas situações. Para o autor a aprendizagem consiste em “formar redes: adicionar novos nós e criar novos caminhos neurais” (2006:41) e caracteriza-se por ser um processo caótico, contínuo, co-criativo, complexo, de especializações conectadas e de certezas continuamente suspensas (ibidem), como no método científico. Definiu a aprendizagem como um processo contínuo que ocorre em comunidades de prática, redes pessoais ou grupos de trabalho, e estabeleceu os princípios do Conectivismo (2004):
1 - Aprendizagem e conhecimento repousam na diversidade de opiniões;
2 - Aprendizagem é um processo de conectar nós especializados ou fontes de informação;
3 - Aprendizagem pode residir em dispositivos não humanos;
4 - Capacidade de saber mais, é mais crítica do que é conhecido actualmente;
5 - Cultivar e manter conexões é necessário para facilitar a aprendizagem contínua;
6 - Habilidade de visualizar conexões entre áreas, ideias e conceitos é uma habilidade fundamental;
7 – Conhecimento actualizado (exacto,  actualização do conhecimento) é a intenção das actividades de aprendizagem conectivistas;
8 - Tomar decisões é em si um processo de aprendizagem. Escolher o que aprender e o significado das informações que chegam é visto através da lente de uma realidade em mudança. Uma resposta que está certa agora, pode ser errada amanhã devido a alterações no clima informações que afectam a decisão.

Siemens ainda sugere que o conhecimento pode residir em bases de dados, as quais serão conectadas por pessoas. Os blogues são certamente a ferramenta da Web que mais facilmente reúne estas funções. A acumulação de posts acaba por reunir gigantescas bases de dados nos blogues que são comentados pelos visitantes habituais, frequentemente outros bloggers. A intensidade do calor comunitário que eles mesmos criam, resulta da robustez dos vínculos criados na própria blogosfera. Adoptando a lógica do Conectivismo apresentado por Siemens a rede teria sempre mais nós, crescendo tendencialmente para infinito. O único limite seria o tempo disponível. Utilizando a lógica do regime de justificação doméstica, a procura do calor comunitário leva os indivíduos serem mais selectivos, introduzindo limites ao crescimento das conexões.

Regime de justificação doméstica: As crianças como pessoas

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Também se pode entender a infância como uma fase em que a criança é um embrião de uma pessoa que, para se desenvolver globalmente, necessita do afecto dos que a rodeiam. Uma espécie de flor na qual o jardineiro não precisa de tocar, pois bastará proporcionar-lhe um ambiente favorável ao seu próprio desenvolvimento. Esta perspectiva conduz ao regime de justificação doméstica.  A pedagogia centrar-se-á então na própria criança, promovendo a sua integração no meio.
O princípio organizador é o calor comunitário,  a confiança, a proximidade entre os seres. Pode-se dizer que, através da escola, se estende à política o modo de organização da família, o que cria uma ambiguidade entre o domínio da escola e o domínio da família. A escola tem o dever de possibilitar às crianças o acesso ao conhecimento universal amplamente alargado pela Internet e pela Globalização, independentemente da sua origem familiar.  Nesta perspectiva toma-os como adultos virtuais, cidadãos virtuais livres do seu quadro familiar, e então, independentemente das crenças dominantes nos seus lares, a escola tem o dever de dotar a criança com saberes puramente racionais que lhe permitirão, mais tarde, fazer as suas próprias escolhas nos diversos domínios. Por outro lado, a escola tem o dever de ensinar às crianças os conhecimentos humanos tendo em conta as relações que as ligam ao lar familiar,  como não-adultos que são, ainda envolvidos pelos laços espirituais da família. A escola tem consequentemente que dotar a criança de conhecimentos racionais inspirados nas crenças fundamentais, filosóficas ou religiosas, encontradas nos respectivos lares, ou que pelo menos não se lhes oponham. São duas concepções de escola, a primeira privilegiando o Mundo, a segunda partindo da família como elemento básico da sociedade. Em qualquer dos casos, a concepção pedagógica da justificação doméstica visa uma educação global: a formação do carácter. Esta formação não resulta de um produto analítico e despersonalizado, mas de uma impregnação que tanto passa por produções pessoais como pela inteligência (Derouet, 1992:101).
A padronização típica dos testes – instrumento de avaliação privilegiado pelo mundo industrial – é denunciada pela justificação doméstica, que advoga a realização de deveres por sujeitos livres. A diversificação dos trabalhos de avaliação permite a adaptação destas tarefas aos problemas concretos, com maior interesse para os alunos que os exercícios abstractos. O blogue - pela facilidade de utilização e pelas potencialidades de integração de outras aplicações - é a ferramenta tecnológica que mais facilmente permite aos estudantes ampliarem o ambiente de trabalho do seu computador a toda a Internet, sendo naturalmente escolhido por todos os que pretendem colocar em prática o Conectivismo.  
O maior problema da adopção de blogues resulta da impossibilidade de aplicar critérios de classificação comuns a estas produções, com criatividade muito variável. Também o trabalho de grupo é preferido ao individual, porque dilui as diferenças de desempenho e desenvolve as qualidades humanas de cooperação e entreajuda (ibidem), dificultando novamente a avaliação individual. O blogue não apresenta a pretensão de precisão dos testes. Genericamente, a avaliação proposta pela justificação doméstica será de natureza globalizante e qualitativa,  apresentando maior dificuldade em expressar-se na escala de 0 a 20, relativamente à justificação industrial, onde a aritmética aplicada na correcção das provas transmite a sensação de rigor.
Os blogues são frequentemente referidos como a ferramenta adequada ao suporte de uma avaliação baseada em portefólios digitais (Gomes, 2006:299).

 

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